quinta-feira, 9 de agosto de 2018

AINDA SOBRE O WOMEN'S DAY



Não podia deixar passar o Women's Day sem fazer nada, embora o que tenha feito pareça bem insignificante. Como outros alunos também deixei a minha contribuição na caixa de doações que a escola dispôs no salão principal logo nos primeiros dias de agosto. 
Descobri depois, que poderia visitar o  local para onde tais materiais seriam destinados e foi assim que visitei uma instituição, acho que governamental, que cuida de adolescentes que passam ou passaram por problemas. 
A casa está localizada no bairro Mowbray, subúrbio de Cape Town, há poucos minutos do Centro. Por fora uma moradia como todas as outras, mas no interior um refugio para as jovens, umas ainda quase meninas, que precisam do socorro institucional. 
Meu English limitado não permitiu conhecer a instituição como gostaria, mas acho que as moças estão bem cuidadas.  
Na verdade, elas estão acostumadas com o trabalho de voluntárias no local e a maioria se entrosou facilmente com as estudantes  que as visitaram. O tempo foi curto, mas muito bem aproveitado. Brincaram, cantaram, dançaram. Enfim, se alegraram pela perspectiva de  que  são  pessoas importantes. 
Quanto a mim, tive a oportunidade  de visitar um centro de menores em outro país e perceber que dificuldades de relacionamento estão em todos os lugares, desde que existam serem humanos.  Não sei o que levou aquelas jovens àquele abrigo, mas penso que os motivos não sejam muito diferentes dos que levam adolescentes brasileiras à casas semelhantes. A desagregação familiar é uma marca predominante em nosso século, infelizmente.
Sem fotos,  e com  registros que estão na mente e no coração, e, que logo logo, vão se desfazer em raras lembranças,  o dia 9 de Agosto, reservado para a celebração do   Dia da Mulher na África do Sul, tem lá suas semelhanças com o  8 de Março, que é o Dia Internacional da Mulher, desde 1975, cujas  as lutas remontan desde o início do século, passando principalmente por reivindicações de melhorias nas condições de trabalho, enquanto o que marca o data africana, é a luta pela liberdade de ir e vir.  Mas a violência que continua a ser praticada contra a mulher está na pauta de ambos os movimentos. As meninas de abrigos em qualquer lugar do mundo deixam isso bem claro para qualquer um. 

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