quarta-feira, 18 de março de 2020

COVID 19


Novo Coronavírus ou Covid 19

 “No final do ano de 2019, já no mês de dezembro apareceu lá pela Ásia, mais precisamente na poderosa e populosa China um vírus, que a princípio parecia ser mais um de tantos outros registrados naquele país até então. Seu nome: Novo Coronavírus ou Covid 19. Então, se era o Novo, já existira outros antes.

Wuhan, uma metrópole com 11 milhões de habitantes, localizada no centro da China surgiu como o epicentro do 2019-nCoV,    e logo nos primeiros dias infectou cerca de 400 pessoas, atestaram as autoridades sanitárias. Depois os números foram crescentes e menos de três meses depois chegou a casa dos 170 mil infectados e pelo menos 6.850 mortos e a doença espalhou-se por 140 países.”

Este talvez seja um texto a ser  escrito daqui há alguns anos. E quem ler não vai sentir a apreensão que nós estamos sentindo hoje. Talvez como nossos ente queridos que viveram a gripe espanhola, ou um pouco mais atrás a peste negra.  Os dados certamente serão importantes para estudos, mas nenhuma ameaça para as gerações futuras.
Habitante de Porto Velho, um pedacinho de chão da Amazônia com pouco mais de meio milhão de habitantes, estou a pensar com meus botões se haverá solução para nós cidadãos que vivemos tão distante dos grandes centros, onde os recursos sanitários e de saúde ainda são precários, se teremos chance de sobreviver a um ataque de fúria do Covid 19. Ai alguém me diz: e nos grandes centros todos estão sendo atendidos? Não sei. Vivemos em um mundo moderno, onde as informações continuam muito tendenciosas. Não dá para saber com segurança em quem acreditar de verdade. Rádios, jornais, TVs e sites repetem o que dizem autoridades, algumas com uma ou outra interpretação. Quanto às autoridades, estas dizem aquilo que é conveniente dizer no momento.
Acho mesmo é que estamos em um mato sem cachorro. E melhor mesmo é a prevenção. Amigos e familiares, agora só online. Cultos e missas também online. Trabalho?  Eu já trabalho em casa faz tempo. Quem chega de viagem tem que aguardar em quarentena por pelo menos sete dias, mesmo eu não tenha sintomas. Mas ainda assim tem gente que não está atendendo a orientação. O que é lamentável, pois põe em risco a vida dos demais.
Li ou ouvi depoimentos de pessoas que estão na Itália e é de cortar o coração. Uma amiga de Treviso conta que só sai  para o supermercado uma vez por semana. Toda a família está confinada no apartamento.  Em outros depoimentos, duas brasileiras moradoras da região da Lombardia, onde o Corona está comandando a vida de todos, relataram aos amigos por meio do whatsapp, a situação sofrida e que têm vivido em  isolamento, com desabastecimento e até humilhação.
Padre Enzzo, um sacerdote que atuou em Porto Velho por cerca de 30 anos, também está na Itália onde e deu um depoimento para os amigos que cuidam da Associação São Thiago Maior, aqui na cidade, contando sobre os acontecimentos e pedindo ação dos governantes brasileiros. O religioso confirmou que protocolos médicos e hospitalares dão preferencia ao atendimento de pacientes mais jovens, em detrimento dos idosos.  Adeus prioridade para maiores de 60, 70 ou 80.
Para terminar o assunto, devo dizer que fui  ao shopping hoje, não a passeio, mas para resolver uma situação. Na entrada, antes da abertura era sempre uma muvuca de gente aglomerada esperando dar dez horas. Hoje, o que vi foram poucas pessoas e ninguém amontoado na porta principal junto ao segurança.
No interior do shopping quase um silêncio total. Lembrava até uma catedral.


Shopping de Porto Velho hoje pela manhã, movimento pequeno para início do expediente




sexta-feira, 6 de março de 2020

RECEITA LEGÍVEL, DEFENDA ESTA IDEIA



Receitas ilegíveis divulgadas na Internet

Quando uma receita pode causar danos e confusão

Sabe aquela     receita médica que você apresenta no balcão da farmácia e um vendedor fica pedindo ao outro colega para decifrar? Pois é, por lei isso não pode acontecer, porque o médico, dentista ou qualquer outro profissional habilitado para prescrever um medicamento para qualquer paciente tem que escrever o nome do remédio ou substância com toda clareza, de preferência em letra de forma, datilografado – o que não é mais o caso nos  Centros de médio e grande porte -  ou digitado eletronicamente.
O assunto parece bobo, mas é muito sério. Tanto que tem há leis para regulamentá-lo desde 1932. Mas ao que parece ainda há muitos profissionais da área de saúde usando seus próprios hieróglifos na hora de prescrever o medicamento. A má escrita nas receitas médicas foi tema de uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Porto Velho, proposta pelo  vereador Da Silva do Sinttrar e da qual participaram alguns farmacêuticos.
Regra geral uma receita não deveria suscitar dúvidas ou questionamentos, uma vez que o profissional que a prescreveu esteve face a face com o paciente, fez os questionamentos e exames de praxe, mas na hora da transcrição do nome no papel usou garranchos de tal forma que inviabilizaram o entendimento do nome do medicamento. Ele pode até ter dito o nome da solução ao paciente, mas é difícil guardar os detalhes do que diz um médico numa consulta médica, por menor que seja o problema tratado. E ai o dilema quando chega na farmácia e nem o vendedor e nem o farmacêutico de plantão consegue decifrar o enigma. Os profissionais de farmácia são orientados a não fornecer o medicamento quando há falta de clareza, para não por em risco a vida do paciente e ai só resta mesmo mandar o paciente de volta ao médico para que este refaça a receita, mas todos sabemos que isso nem sempre é possível e neste caso, muitas vezes o paciente acaba desistindo do tratamento ou passa para uma alternativa sem a receita médica, o que de certa forma também o põe em risco.
A proposta da audiência pública é a de promover uma fiscalização mais  intensa, a partir das unidades municipais, como Upas e postos de saúde, para que estes setores coloquem a disposição dos médicos recursos eletrônicos – computadores e impressoras – para emissão das receitas, de forma a não deixar dúvida.  A prática já é corrente em alguns hospitais, mas deverá tornar-se comum em todas as unidades de saúde, quer do setor público ou privado. O projeto Receita Legal é Receita Legível  original é do Conselho Federal de Farmácia, apoiado pelo Conselho Regional de Rondônia e agora também por vereadores de Porto Velho.  Quando a receita é legível ela nos dá segurança e isso é muito importante. 
Vereador Da Silva e farmacêuticos em audiência pública na CMPV