terça-feira, 8 de setembro de 2015

DE VOLTA A PORTO VELHO, MARIA ANTÔNIA APRESENTA SEUS TRABALHOS


Depois de passar 12 anos no Rio de Janeiro, a artista plástica Maria Antônia retorna à terra com novos trabalhos.

A composição de cores que ela usa é alegre, pra cima e passa a ideia de uma pessoa feliz. Assim são os trabalhos de Maria Antônia, uma artista plástica que descobriu o amor pela pintura depois de uma vida toda entregue ao Magistério. Neste final de semana ela recebeu em casa amigos antigos, novos e outros que ainda nem eram amigos para um Café com Arte, um evento criado por ela mesma para mostrar ao público o seu trabalho.
Antônia partiu para uma nova profissão aos 52 anos, quando encerrou suas atividades como professora de Ciências. Nos 35 anos de sala de aula, passou por praticamente todas as escolas de Porto Velho, ao aposentar-se fazia parte do quadro de professores da Escola John Kennedy, na rua Salgado Filho. Decidiu passar uma temporada em São Paulo, em companhia dos filhos que lá estudavam e ao perceber o burburinho da cultura paulistana lembrou-se de sua habilidade em desenhar, mas não acreditou que pudesse retomar aos lápis e papeis. O incentivo da filha Márcia, que já ensaiava os primeiros passos nas Artes Plásticas foi fundamental.
Maria Antônia conta que muito apreensiva foi fazer um curso com um artista contratado pelo Metrô em 1991 ,na Estação Marechal Deodoro. “Milhares de pessoas passavam por  ali todos os dias e tínhamos que fazer nossas atividades  do curso a vista de todos”. Segundo ela, o professor Gontran Guanaes Netto dizia a todos que era importante estarem na presença de tantas pessoas, pois seria bom para o desenvolvimento futuro. Ali, em pleno espaço público foi a primeira escola de artes de Antônia e de tantos outros, era o atelier do povo brasileiro.  O resultado foi que ela gostou e a partir dai passou a prática de uma nova profissão.
           
A artista diz, que muitas vezes recebe críticas por não dar continuidade a uma linha de trabalho. “Estou sempre mudando, pinto aquilo que vem na minha mente e não me importo com uma técnica única”, desabafa. “Muitos reclamam que acrescento elementos ao abstrato, mas faço isso propositadamente”, declara.  Desde o início optou por trabalhar com tinta acrílica, que não faz mal a sua saúde.
Ela conta que durante o curso acompanhou alguns artistas por pelo menos três exposições na grande São Paulo. Depois retornou a Porto Velho, onde teve oportunidade de participar de algumas mostras coletivas e na primeira exposição individual marcada para acontecer na Casa de Cultura Ivan Marrocos teve que ceder o espaço para um artista chileno. Agora 12 anos mais tarde, depois de ter morado no Rio de Janeiro, onde o espaço para o artista é mais difícil do que se imagina e  de uma exposição individual no Congresso Nacional, eis que mais uma vez Maria Antônia chega a terrinha com novas metas: “criar sempre, pois isso me faz muito bem e apresentar meu trabalho para as pessoas”.  Além  disso, ela quer mostrar que há muito que se fazer no pós aposentadoria.
 
Sábado, Antônia recebeu amigos para uma sessão especial: Café com Arte
 
Maria Antônia conta como tudo começou

Café com Arte para os amigos novos e antigos



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