quarta-feira, 28 de julho de 2021

ARTISTA DE GUAJARÁ-MIRIM EXPÕE CRÍTICAS NA IVAN MARROCOS

A artista que começou a produzir profissionalmente a partir de 2019 ocupa o saguão da Ivan Marrocos com 20 trabalhos preparados para a exposição até o dia 3 de agosto. A pandemia, a diabetes e a corrupção têm um destaque especial na visão de Nasartes.
Ela nasceu na Pérola do Mamoré como Maria de Nazaré Alves de Carvalho, depois de adulta ganhou asas e decidiu partir para o velho mundo. Foi parar em Portugal. Lá conheceu o homem com quem casou e adicionou ao seu nome, o sobrenome Laginha, mas na verdade quer que todos a conheçam como Nasartes. E como apareceu esta conjunção sugestiva e evidente? Ela explica que não tem mistério, “só juntei o Nasa de Nazaré à artes e deu nisso”. Passando uma temporada em Guajará Mirim, que acabou mais longa do que o planejado, Nasartes está expondo 20 trabalhos recentes no saguão da Casa de Cultura Ivan Marrocos. A mostra que estreou no dia 20 de julho fica exposta ao público até o dia 3 de agosto. “Já deveria ter retornado à Portugal, mas a pandemia me impediu”, esclarece. Sorte dos admiradores das artes plásticas da nossa região, que têm a oportunidade de conhecer o trabalho desta artista com vivência fora do Brasil. Pintar telas é uma nova descoberta, que começou a cerca de dois anos. Ela conta que antes fazia umas pinturas bem infantis, “não nasci com talento e nem com dom”, confessa e diz que se dedicava ao artesanato “fazia umas besteirinhas”. Mas a amiga Cristina faz uma intervenção e corrige, e diz que “artesanato também é arte e precisa ser valorizado como tal”. Desde então começou a estudar e a se aprofundar no conhecimento das artes plásticas, a fim formar uma boa bagagem e partir para novos horizontes, inclusive na província de Lagos, onde mora em Portugal. O trabalho de pintura também funciona como hobby e ajuda a acalmar a artista que diz que é muito agitada. O faturamento com as vendas entra como uma renda extra. “Mas não é muito fácil vender”, arremata.
A exposição tem um caráter pessoal bem acentuado. Nasartes procura traduzir com o seu trabalho um retrato crítico da sociedade, a partir do momento ímpar da pandemia, com a presença do corona vírus (covid-19), que ceifou milhares de vidas, a corrupção estabelecida no Brasil e as perdas de familiares e amigos. Recentemente a artista perdeu o irmão Eduardo, que aos 54 anos foi vitimado pelo agravamento da diabetes. Para retratar a vida dele Nasartes criou a tela A Casinha na qual usou seringas, lancetas e canetas , materiais utilizados no tratamento da doença. “Também apliquei vidro, para trazer a memória um acidente que sofri há uns dez anos”.
A Casinha memórias afetivas do irmão e do próprio acidente Para marcar o tempo de aprisionamento provocado pelo isolamento social Nasartes criou uma tela com grades e máscaras. E para marcar sua indignação quanto à corrupção criou a tela Ratos do Porão com o símbolo da justiça e Dinheiro na Cueca e Meias. A exposição fica na Ivan Marrocos somente até o dia 3 de agosto. O horário de funcionamento é das 8:00 às 18:00, de segunda a sexta-feira.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

COVID 19 DEIXA MAIS UM VAZIO ENTRE NÓS COM A PARTIDA PREMATURA DO UENDEL

Gordinho, Fofy's, Gugu, Coxinha, Pica-Pau e sabe mais quantos outros apelidos Uendel Ximenes Rodrigues tinha. Nunca se sentiu ofendido e atendia a todos. Fica a saudade deste amigo. Como professora de Adolescentes da ICM, que fui por muitos anos, nunca esperei presenciar a partida de um ex-aluno, ex porque eles crescem e seguem na caminhada. Sonhava sim em vê-los iniciando suas carreiras com sucesso, formando a família, gerando filhos e sendo instrumentos nas mãos de Deus, não só no serviço, mas na vida. No princípio tinha certeza que ele ia vencer, mas aprouve a Deus tomá-lo para ornamentar ainda mais os jardins dos céus. Até breve garoto. Um dia nos veremos na glória.
“Fala Leyla”. Esta era a expressão dele quando atendia minhas chamadas. Conheci Uendel ainda garoto, adolescente para ser mais preciso. Como minha memória não é das melhores, não sei exatamente quando, mas ele devia ter entre 13 e 14 anos. Foi pra igreja sozinho e lá iniciou uma nova caminhada e um novo ciclo de amizades. Prestativo desde sempre, bagunceiro também. Participativo e como era próprio de sua juventude, sua mente estava sempre viajando para algum lugar. Irrequieto e sempre em busca de novidades aprendeu a tocar violão, depois partiu para operar a mesa de som e participou de inúmeros eventos nesta função. Já tinha conquistado outros espaços, não era só o Uendel da ICM 4 de Janeiro, mas o Uendel da ICM. Podia dá tudo errado, ele ficava nervoso, mas superava. Eu era a professora, e como tal não sabia de tudo que acontecia, mas estava sempre de olho e nunca percebi sequer uma ação de desrespeito, por exemplo. Pelo contrário, Uendel desde sempre tratava a todos com respeito. Tinha as suas fraquezas? Claro, quem não as tem? O garoto cresceu, tornou-se um jovem partiu para novas conquistas, mas sempre que podia estava conosco. Foi o melhor T I que já tive e como “sobrinho” nunca aceitou um pagamento. Uendel tinha muitas estórias. Desde cedo começou a trabalhar com a mãe Conceição e a tia Célia na lanchonete no Centro de Porto Velho, literalmente conhecia todo mundo e a prova disso foi a quantidade de pessoas que se dispôs a ajudá-lo enquanto estava no leito. Uma verdadeira multidão de doadores tipo O negativo apareceu para socorrê-lo em Porto Velho e também no interior. Recentemente efetivou sua empresa e estava trabalhando por conta própria. Agora de fato e de direito era um empreendedor. Publicou nas redes sociais seu novo status, cheguei a cumprimentá-lo por mais esta conquista. E foi trabalhando que ele começou a maior e mais cruel batalha de sua vida. O que sabemos é que estava no interior fazendo atendimentos à clientes quando começou a passar mal. Decidiu voltar para Porto Velho e já com crises de falta de ar encarou cerca de 600 km de estrada. Foi direto para o Pronto Socorro. Acionou amigos mais chegados e desde então ficou hospitalizado. Foi o primeiro paciente em Rondônia a utilizar a Ecmo, (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), um equipamento de alta complexidade, utilizado para substituir o pulmão ou coração de pacientes com graves problemas respiratórios causados pelo Covid-19. A partir daí a luta foi diária. Boletins médicos eram aguardados com ansiedade pelos quase 300 membros do grupo de whatsapp criado pela família. Cada um na sua crença e na medida da sua fé enviava mensagens de conforto, de alento e de esperança para a família e amigos. Aprendemos termos médicos que antes nunca tínhamos ouvido falar e cada pequena evolução no quadro clínico era recebido como uma grande notícia, reacendendo a chama da esperança. As campanhas de doação de sangue foram incríveis. Chegando a comover os próprios trabalhadores da instituição responsável pela coleta de sangue. Teve dias em que muitos doadores tiveram que ser reagendados. E funcionários comentavam que ainda não tinham se deparado com tamanha solidariedade. Este é o nosso garoto, que mesmo sobre um leito mobilizou uma coletividade. Vou usar aqui a frase do nosso amigo em comum, que também foi seu professor na classe de jovens, Celso Lach , “guardarei boas lembranças dele, sempre alegre e apaixonado pela vida”.
A jornada do Uendel foi vencida. Três décadas de vida. Deixa corações dilacerados, em especial o da mãe. As mães, sempre elas sentem as dores mais profundas. Conceição que Deus sare as feridas. As cicatrizes permanecerão para sempre, mas um dia a dor chegará ao fim e serão doces as lembranças. Que Deus abençoe e conforte toda a família.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

EXPOSIÇÃO TRAZ PARA O PÚBLICO OS TRAÇOS DE GLEYCIANE PRATA

A artista plástica está empolgada e feliz com a exposição na Ivan Marrocos e espera conquistar novos apreciadores para o seu trabalho. Na exposição Laços Fraternos – Esperança ela apresenta pinturas em tela e em papel vergê.
O que define a qualidade de um artista? Seus traços, suas cores ou sua forma de enxergar o mundo? Parece que é de tudo um pouco, ou um pouco de tudo, se preferir. Gleyciane Prata é uma nova concepção para as artes plásticas de Rondônia. No seu trabalho usa materiais como tinta acrílica para tecido, tinta para aquarela, papel vergê e tela, além é claro dos variados pinceis. Ao manipulá-los produz peças dignas de admiração e que aguçam o desejo de tê-las na nossa sala, tamanha delicadeza. Traduzindo assim o seu trabalho, este novo nome das artes plásticas da capital rondoniense chega para sua primeira exposição individual. O momento não é dos mais favoráveis, mas ainda assim acreditou e aceitou o convite da Fundação Cultural de Rondônia-Casa de Cultura Ivan Marrocos e desde então, isso foi há seis meses, trabalhou incansavelmente para captar a alma de sua primeira exposição.
Gleyciane conta que muita coisa produziu no silêncio da noite, quando o tempo parecia correr um pouco mais devagar. Pensar, sentir, visualizar e imaginar como seria esta estreia por vezes lhe tirava o sono e trazia dúvidas, confessa a artista, mas o peso da responsabilidade a impulsionava a buscar um pouco mais. “Quando eu recebi o convite tinha poucos trabalhos disponíveis, mas não podia dispensar a oportunidade”, confidencia, admitindo que o convite foi uma surpresa enorme. Para ela expor na Galeria Afonso Ligório era de fato um sonho ou um projeto, mas não tinha ideia de que seria concretizado agora. Quanto a novos planos ela prefere deixar as coisas acontecerem, em especial enquanto durar a pandemia, mas não descarta a possibilidade de mostrar seu trabalho em Rio Branco, sua cidade natal, com a qual mantém fortes laços e ligação com artistas locais, e onde acredita que as portas estarão sempre abertas. No momento a certeza da artista é que continuará ministrando aulas de pintura. Interessados podem procurá-la pelo telefone/whatsapp (69)99267-3138. Com exceção de um quadro, todos os demais da exposição estão à venda. Os preços variam de 40 a 500 reais. “Tudo depende de uma negociação”, salienta Gleyciane.
O interesse pela arte surgiu aos nove anos, quando desenhava vestidos para suas bonecas. Achava que seria uma estilista, mas depois veio a descoberta da real vocação, desenhar e pintar e nesta estrada ela já está desde os 12 anos, quando frequentou o primeiro curso de pintura. Desde então tem procurado o aperfeiçoamento e mesmo sendo professora continua estudando e pesquisando. Em Porto Velho ela está há quase 15 anos. Já tendo participado de concursos de artes plásticas em algumas ocasiões e exposições coletivas.
A Galeria Organizar uma exposição não é uma tarefa muito fácil, em especial para quem está estreando no mercado. A colaboração da equipe da Casa de Cultura foi essencial. O artista plástico João Zoghbi está como curador da exposição Laços Fraternos - Esperança. Profissional experiente, Zoghbi, de acordo Gleyciane, foi fundamental para que tudo ficasse maravilhoso. “Ele deu ideias e se dispôs a executá-las, foi muito importante a ajuda dele”.
A exposição permanecerá na Ivan Marrocos até o dia 31. O horário para visitação é das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Gleyciane convidou seis outros artistas para compor com ela a Laços Fraternos. São eles Mari Bhrusck, Adriane Cardoso, Homero Rodrigues, Luciano Pinheiro, Arlete Cortez, João Henrique e Joabson Sousa. Uma caixa para arrecadação de alimentos foi colocada à entrada do salão. Todos os alimentos doados serão entregues a artistas que estão passando por dificuldades. “Sabemos que há artistas precisando de ajuda. Estamos fazendo o levantamento e a distribuição será de acordo com a quantidade do que for arrecadado”, diz a artista plástica. A entrega de alimento é voluntária.

terça-feira, 11 de maio de 2021

GLEYCIANE PRATA MOSTRA SUA OBRA A PARTIR DE SEGUNDA NA AFONSO LIGÓRIO

Artista iniciou suas primeiras descobertas aos nove anos
Aos poucos ela vem se mostrando para o público rondoniense. Dia 17 estreia sua primeira exposição individual, que perdeu este status, porque ela resolveu convidar outros artistas para juntos fazer esta viagem na Casa de Cultura Ivan Marrocos. Estou falando de Gleyciane Prata, uma artista dedicada às artes visuais que nasceu em Rio Branco, passou por Parintins, e que há 15 anos pousou sua arte em Porto Velho. O projeto denominado de Laços Fraternos – Esperança apresenta 25 obras de Gleyciane, entre quadros e esculturas. E é o resultado do que viu, viveu e produziu nos últimos anos. A exposição estreia no dia 17 de maio, às 16 horas e se estenderá até ao final do mês. Além da visita presencial o público também poderá visitar a exposição na Galeria Afonso Ligório virtualmente, pois estão previstas as gravações de lives para permitir que um público maior conheça a exposição. Os convidados de Gleyciane são Adriane Cardoso, Arlete Cortez, Homero Rodrigues, Joabson Sousa, João Henrique, Luciano Pinheiro e Mari Bhrusck. Alguns experimentando uma exposição pública pela primeira vez. Gleyciane Prata conta que decidiu dividir a exposição com alguns amigos, porque sabe como é difícil o começo e que viu uma grande oportunidade de fazê-los também conhecidos pelo público. Como também está ligada a trabalhos sociais, ela já definiu que haverá arrecadação de alimentos no local da exposição. “Vamos por uma caixa lá e quem desejar pode doar o alimento que quiser”, segundo ela a alimentação arrecadada será distribuída para artistas que estão vivendo em vulnerabilidade social. “O tema da nossa exposição por si só já diz alguma coisa sobre isso, laços fraternos e esperança, são ações nas quais acredito muito”. Ela explica que tudo tem a ver com abraçar as pessoas e confortá-las através da arte, em especial em um momento ímpar no qual a humanidade vive. “As obras que vamos expor também falam um pouco sobre isso e aí sentimentos de fraternidade, carinho e afeto não são destinados só às pessoas, mas também aos animais”. A exposição estreia na próxima segunda-feira, na Galeria Afonso Ligório, na Casa de Cultura Ivan Marrocos, em Porto Velho, próximo à Praça das Caixas d’Água. Os organizadores se comprometem a cumprir todo o protocolo a fim de evitar o acesso de visitantes sem o uso de máscara e manter o distanciamento necessário para segurança de todos.
Quem é Gleyciane? Mas quem é Gleyciane Prata? É uma artista que aprendeu a desenhar e pintar na infância. No primeiro momento sonhava com as passarelas da moda, desenhando e vestindo suas bonecas. Depois vieram as oportunidades, cursos em Rio Branco, depois em Parintins e a moda foi dando lugar a outro tipo de arte. E a menina que começou a brincadeira aos nove anos se descobriu desenhando e pintando telas sobre a sua regionalidade. Os indígenas é uma de suas marcas mais fortes. Mas antes de chegar às telas foi se destacando em alguns cursos de pintura para crianças e adolescentes, como em Parintins, quando tinha 12 anos e participava de um projeto social para adolescentes. “Lá a gente fazia um pouco de tudo, como macramê, crochê, escultura em barro, desenho e pintura e as professoras observaram que eu me saia melhor nestes dois últimos itens e começaram a me incentivar e me colocaram para pintar o na parede da instituição o rosto do padre que era o benfeitor do projeto, o padre Benito de Pietro, eu fiquei muito feliz.” Mas tarde, por volta dos 14 ou 15 anos Gleyciane retornou para Rio Branco e teve aulas patrocinadas pelo governo estadual. Com o professor Wellington Santana aprendeu algumas técnicas básicas. Ao final do curso, na exposição de todos os alunos, seu trabalho chamou a atenção do então presidente da Associação das Artes Plásticas do Acre, Glicério Gomes, que conversou então com o pai da jovem artista e a convidou para fazer parte da Associação. A partir daí, com a convivência com artistas profissionais pôde até participar de um concurso, no qual um dos concorrentes era o seu professor.
Mas a temporada de Rio Branco chegou ao fim e quando tinha entre 16 e 17 anos precisou mudar para Porto Velho. Passou um tempo sem ação por não conhecer ninguém. Usou a internet para pesquisar sobre os artistas locais e gostou dos trabalhos de Mikéliton Alves, com quem passou a trocar informações. Participou de alguns concursos como o do Conselho Regional de Medicina e do Exército, interagindo com outros artistas. A partir de então algumas portas começaram a se abrir como exposições coletivas no Shopping Porto Velho, em 2016 e o projeto em parceria com a empresa de ônibus urbano da capital e a Biblioteca Viveiro das Artes, em 2018. Dois trabalhos de Gleyciane foram reproduzidos nas laterais de alguns veículos de transporte de passageiros e puderam ser visualizados em toda cidade, o Beija-Flor e Exército Brasileiro. Fazendo graduação em gestão pública no Ifro, Instituto Federal de Rondônia, o então diretor, Miguel Jamberson a convidou para desenvolver alguns projetos, que acabaram inviabilizados, mas que abriram as portas para outros e hoje ela já está na segunda edição do Cores em Ação. São 25 alunos, a maioria da comunidade e estudantes do Ifro matriculados no curso básico de pintura. A primeira edição foi dedicada apenas aos alunos do Ifro e reuniu cerca de 12 pessoas. Desta vez, o curso foi liberado para o público externo e ela conta que tem alunos de Porto Velho, dos distritos e municípios e até de outros estados. O curso tem duração de três meses e está na grade do Instituto, que faz o processo seletivo. Ano passado veio o convite da Casa de Cultura Ivan Marrocos para uma exposição individual, prevista inicialmente para março, mas adiada para maio em função da pandemia e que será aberta no dia 17 de maio na Galeria Afonso Ligório.

segunda-feira, 29 de março de 2021

RITA QUEIROZ APRESENTA MOSTRAS DE ARTE


Os vídeos foram lançados nos dia 26, 27 e 28 de março e estão nas redes sociais da artista


Rita acompanhando a exibição da mostra por vídeo 

Se você ainda não viu as Mostras Culturais da artista plástica Rita Queiroz exibidas neste final de semana corre lá no canal da artista no you tube e dá uma olhadinha. Uma maravilha conhecer a Exposição Andando pelas Picadas – Coleção Descamação Celular em exposição permanente no Museu da Memória Rondoniense em Porto Velho.

Ao todo são três vídeos que vão deixar você íntimo do trabalho da artista, que produziu as obras  a partir de 2009. A coleção já esteve em exibição na Galeria Afonso Ligório em Porto Velho, em Goiânia, Anapólis e desde 2016 está de volta a capital rondoniense, só que agora em exposição permanente, doada ao governo de Rondônia, e abrigada sob os cuidados do Museu da Memória Rondoniense. São instalações com personagens que contam sobre histórias e folclore da vida ribeirinha, vividas a partir da infância da artista. Telas e painéis pintados em tecidos e materiais adaptados e que eram de uso pessoal da própria Rita. Fotos, diplomas, medalhas e outras honrarias também fazem parte da coleção.

Lei Aldir Blanc

Levar a arte até a casa das pessoas é resultado de  projetos desenvolvidos pelo governo federal e aplicados pela administração estadual, no caso de Rondônia a Sejucel, que possibilitou aos artistas neste tempo de pandemia manter ou despertar o interesse do público pela cultura, em especial a arte desenvolvida pelos produtores locais. Os projetos nascidos sob a Lei Aldir Blanc, são na verdade uma forma de fomentar a cultura e socorrer artistas de todo o país.

As Mostras Culturais, segundo Rita, é  um dos trabalhos mais bonitos que ela viu nos últimos tempos, não porque retrata o seu próprio trabalho, mas pela maneira da apresentação, a qualidade dos vídeos e tudo mais. “Tudo foi feito com muito amor e zelo”, destaca. “Interessante”, salienta ela, “que a princípio nem queria participar, fiquei um pouco apreensiva, mas incentivada pela minha família apresentei os projetos e todos foram aprovados”.   Ao todo Rita Queiroz obteve aprovação para quatro editais – o da Mostra Virtual, que rendeu três vídeos; o de Mestra da Cultura Popular; o do livro e o edital Mary Cyanne, estes três em fase de conclusão.

Desafios

Segundo a artista, o maior desafio foi executar os projetos e ao mesmo tempo manter-se em isolamento. Já com 84 anos, ela não poderia por em risco a própria segurança e de outros. “Primeiro formamos uma equipe em família, planejamos tudo, colocamos no papel e partimos para a execução. Leitura do material disponível no site, publicações no facebook, anotações antigas, arquivos pessoais, telefonemas para alguns amigos e assim estamos caminhando para a reta final.” Para Rita de muitas formas foi diferente fazer este trabalho, “sempre tive o apoio de minhas filhas, em especial na área financeira, mas agora elas penetraram no meu trabalho pra valer”.

“A iniciativa dos governos em trazer estes projetos para a classe artística foi muito boa, porque estamos vivendo em um mundo de consternação, tristeza e mortes de pessoas que conhecemos e esse trabalho veio para amenizar um pouco a dor e o sofrimento”, acentua.

Com os cabelos embranquecidos, sem maquiagem Rita Queiroz conta que tem aprendido muito nos últimos meses. “Não sei como será meu próximo trabalho, só sei que será diferente, porque com tudo que tenho vivido, não há como não mudar. Há pouco mais de um ano eu me arrumava, pintava o cabelo, me preocupava com muitas coisas e ainda até me preocupo, mas a cada dia entendo mais que o corpo da gente é como uma roupa que um dia fica velha e é jogada fora, só que neste caso é uma roupa única que veste nosso espírito, nossa alma e que a gente vai cuidando ao longo dos anos, é como um espelho da vida que cada um trás dentro de si”.



segunda-feira, 8 de março de 2021

NICO, A HORA DO NOSSO ADEUS

 Antônio de Freitas Tavares Neto, o zero-um de Jorge Anceto Thomaz e Anna Tavares Thomaz, agora livre da dor e do sofrimento da vida terrena. 

               

Ontem, dia 07 de março de 2021 por volta das 15h30 recebi a notícia da morte do meu irmão mais velho, Antônio de Freitas Tavares Neto, ou simplesmente Nico para os de casa. Meu irmão estava com 72 anos, completados em 30 de novembro passado, sempre que pensava na idade dele, quase não acreditava que eu tinha um irmão com mais de 70 anos. Sinal de que o tempo também está passando para mim.

Desde então ando inquieta, e creio que o que vai me tranquilizar será esta pequena e despretensiosa crônica. Comentar sobre o luto alheio é uma coisa, mas quando ele está na sua própria família é outra história. Mil lembranças vêm à mente. Memórias da infância, adolescência e juventude.  Um turbilhão de coisas sobe ao coração. Lembro-me do início namoro dele com a minha cunhada há 50 anos. A apresentação dela à família. O início da construção de uma casa que nunca foi concluída para a moradia do casal. Aliás, só foi feito o alicerce, um alicerce forte que possivelmente resista até os dias de hoje.


Antônio e Idelci

Meu irmão tinha acabado de concluir o curso de pedreiro, que ele fez depois de uma forçação de barra da nossa mãe. Ele trabalhava como cobrador de ônibus da empresa União. Foi fazendo uma das linhas da empresa que  conheceu a Idelci, sua esposa. Minha mãe entendia que ele não poderia permanecer como trocador de ônibus era assim que se falava naquele tempo, precisava de uma profissão mais estável. Ela, boa ouvinte de rádio como era, ouviu sobre um curso de pedreiro, entre outros e se encarregou de acompanhar meu irmão para se matricular. Foi uma boa escolha. Ele concluiu o curso e com o  passar dos anos se tornou um exímio profissional, um artista na verdade. Gostava de trabalhar sozinho. É bem verdade que demorava, mas  quem o contratava dizia que valia a pena esperar.

Em determinado período, acho que cansado e desgastado com a profissão, virou camelô. Foi trabalhar em Madureira. Ganhou um pouco mais, mas por fim voltou à atividade anterior. Há  uns três anos fez sua última obra, uma reforma na casa de outro dos nossos irmãos, contratada pouco antes do seu falecimento em 2018.


Uma das muitas casas construídas por Antônio
Uma das muitas casas construídas por Antônio

Quando solteiro, Nico gostava de bicicleta e de rádio. Sempre mantinha sua bike impecável e sempre cheia de acessórios, nada muito chamativo, mas que lhe dava um diferencial. Não lembro do tipo de música que gostava, mas lembro que tinha uma vareta presa no telhado, na parte interna, a casa não tinha forro, que era para aplicar o corretivo em mim e no caçula, mas acho que nunca foi usada, era mais um tratamento preventivo, quem corrigia mesmo era a dona Anna, nossa mãe. Curiosa, como sempre eu vivia bisbilhotando os armários dele e dos outros irmãos. Nunca achei nada demais, a não ser uma coleção de livros de orientação sexual para jovens. Parecia mais um livro de Ciências, como aqueles usados no antigo Ginásio.

Acho que eu tinha uns 11 anos quando ele levou meu irmão mais novo no Jardim Zoológico, na Quinta da Boa Vista. Ele não queria que eu fosse, mas me arrumei e fui seguindo eles dois. Embarquei e desembarquei do trem e ele só falou comigo, como admitindo a minha presença, quando já estávamos lá na Quinta da Boa Vista.

Mais um pedaço da nossa história que se vai. Seu legado são seus dois filhos Luciano e Elizabeth que geraram filhos e netos. Luciano tem sete filhos, parece  que fez um bom trabalho e quatro netos. Betinha tem três filhos e quatro netos.

Sua morte não foi causada pelo Covid-19, digamos que foi antecipada pela falta de atenção devida dos profissionais da saúde pelos quais ele vinha passando desde o início de 2020. Depois de um ano de vai e vem, na manhã do dia de sua morte foi anunciado o terrível diagnóstico: seu Antônio tem metástase. Daí para o fim foi só questão de horas. Agora só nos resta à saudade e a ausência de mais um membro na foto da família.

Em tempos de pandemia as famílias já não se despedem de seus ante queridos como antes, mas Antônio teve o privilégio de urna aberta e acompanhamento até o  fechamento do túmulo. Também contou com a presença de familiares, não muitos, mas alguns estavam lá. Uma rápida cerimônia religiosa e a informação do responsável de que Antônio aceitara Jesus como Salvador já perto do fim, como o ladrão da cruz, que ouviu de Jesus a promessa de que estaria com ele no paraíso naquele mesmo dia.  Agora estou tranquila.


Antônio e Anna, a alegria do filho mais velho


sexta-feira, 5 de março de 2021

UM DIA DE ADEUS

 Tributo a uma grande guerreira


Rose Brito

Dizer que conhecia Rose Brito profundamente seria leviano de minha parte, mas conhecia o suficiente para que ela me permitisse entrar em sua casa, sentar à sua mesa, saborear sua comida e dar boas gargalhadas. Sim, Rose era boa de conversa. Uma cearense daquelas que têm orgulho de dizer ao mundo sobre suas origens.

E na culinária então? Rose era esplêndida. Preparava uma buchada de bode como ninguém. Aliás, foi com ela que descobri a delicia dessa iguaria nordestina. Nos aniversários dos filhos caprichava e inovava nos bolos. Era só alegria. Professora, secretária de escola, mãe, esposa e amiga. Era pau pra toda obra.

Mas Rose nos deixou nesta quinta-feira (04/03), aos 55 anos. Para nós ela tinha uma vida inteira pela frente, quem sabe mais 55, porque  sempre achamos que é cedo demais para partir. Mas a vida nem sempre é assim. Ficamos sem a Rose, sem a sua alegria. Seus filhos e marido ficaram sem uma coluna importante na vida deles, mas na vida é assim mesmo: tudo passa.

Avessa às redes sociais ela gostava do whatsapp. Por ele acompanhava a rotina dos filhos, o dia a dia do marido e recebia  noticias do Nordeste. Também conversava com amizades antigas resgatando o tempo perdido.

Com a simplicidade de sempre ela foi sepultada. A família abriu mão do velório. Poucos amigos compareceram para o último adeus. Eu mesma não estava lá. Não que ela não merecesse um grande cortejo, mas o momento em que vivemos não nos permite, muito embora ela não tenha sido vítima da Covid-19. Para Rose a nossa saudade. Hugo, Bia e Simão recebam o nosso carinho e respeito.


quarta-feira, 3 de março de 2021

A DAMA DOS PINCEIS ADERE AO MUNDO DIGITAL

 

Além da sabedoria na cultura regional ela agora também é digital. Nossa artista número um da Amazônia parte para realização de lives e prepara livro para o  próximo mês.

  

Do Seringal de Catarina, às márgens do grande Madeira, para as mídias sociais, esta é Rita Queiroz nossa beradeira mais famosa.

Aos 84 anos, a artista plástica Rita Queiroz também está aderindo ao mundo digital. Não que ela estivesse fora dele, afinal pra quem tem um site com centenas de acessos,  navega no facebook e interage com pessoas de todos os lugares e conversa com dezenas de outras no whatsapp ela está mais que digital. Só que agora obteve a classificação em projetos nos editais da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel)-Lei Aldir Blanc, a publicação de um livro e a realização de lives. Empolgada, Rita diz que apresentação das  lives serão transmitidas ao vivo através de plataformas digitais ou streaming e canais de transmissão com vídeos gravados. O trabalho e a vida da artista são os pontos de partida para este novo empreendimento.

 

A primeira live será sobre o Ponto de Cultura - Projeto Arte e Vida Rio Madeira por Rita Queiroz. Apresentação do projeto realizado nas comunidades ribeirinhas no baixo-Madeira pela artista plástica, contextualização com o cenário atual de inserção das artes plásticas e valorização da cultura para essas comunidades, suas características e importância na estruturação do território regional. A artista receberá como convidada a arquiteta e urbanista Ana Rita Ribeiro de Queiroz.

 

A segunda live será sobre a Exposição Andando pelas Picadas-Coleção Descamação Celular que está no Museu da Memória Rondoniense, em Porto Velho. “Vamos fazer um passeio pela exposição”, explica Queiroz. Toda coleção Descamação Celular e outros pertences da artista, em especial os inerentes a sua vida profissional, foram  doados por ela para o Governo de Rondônia através da Lei nº 3964, o acervo é composto por obras de arte, instalações, premiações, literatura de parede, jornais, publicações e fotos que registram a trajetória da artista e o cenário cultural de Rondônia nas últimas quatro décadas. O city-tour acontecerá com narrações da artista, através de uma visita guiada. Ao final da apresentação serão realizados comentários e debates acerca das dificuldades enfrentadas em função da pandemia na inserção e valorização da cultura no cenário urbano de Rondônia.

 

Nesta terceira live  será feita a apresentação de um projeto urbanístico para exposição ao ar livre da Coleção Lendas da Amazônia pela artista plástica  e pela arquiteta e urbanista Ana Rita. A live terá como objetivo a apresentação de propostas para projeto de intervenção urbana na cidade de Porto Velho, através de uma exposição ao ar livre em pontos de passagem do usuário na cidade, com maquete eletrônica (visualização 3D). Debate em torno do cenário pandêmico, trazendo alternativas para democratizar e dinamizar o acesso à cultura.  Quanto ao livro, Andando pelas Picadas – Arte e Vida da Artista Plástica Rita Queiroz, tem o lançamento previsto para abril. “Estamos trabalhando muito. São mais de 40 anos de atuação e o livro não cabe tudo”, diz com entusiasmo.

 

 

MOSTRA DE ARTE OFERECE VISITAÇÃO VIRTUAL À COLEÇÃO DESCAMAÇÃO CELULAR DE RITA QUEIROZ

 

Mostra vai possibilitar o passeio virtual para que um grande público conheça a Exposição Andando pelas Picadas - Coleção Descamação Celular da artista plástica Rita Queiroz

A tecelagem era uma prática comum entre as mulheres beiradeiras

Um ano da pandemia causada pela  Covid-19, um ano sem visitação ao museu, mas quem não teve a oportunidade de conferir presencialmente a Exposição Andando pelas Picadas – Coleção Descamação Celular poderá fazê-lo virtualmente por meio do Projeto Mostras de Artes em um projeto de parceria da artista Rita Queiroz com a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel),  edital 80 – Lei Aldir Blanc. As obras da artista, doadas para o Estado, estão no Museu da Memória Rondoniense em exposição permanente desde 2016.

O acervo é composto por telas, painéis,  instalações, premiações, literatura de parede, jornais, livros, revistas e fotos que registram a trajetória da artista e o cenário cultural de Rondônia nas últimas quatro décadas. A artista realizará visita guiada com explanação da concepção da todas as obras e ações interativas com as instalações ao final de cada Mostra. Durante os eventos ocorrerão entrevistas, visitação à vitrine de premiações, divulgação de publicações que fazem parte do contexto da exposição, relatos de experiência sobre projetos sócios culturais e apresentação do Portfólio. Na sala de pesquisa haverá projeção do site da artista, com instruções para navegação. Todas as exibições acontecerão em ambiente virtual.

Os objetivos são vários, entre eles o de contribuir para o fomento de atividades no campo das artes visuais e da cultura durante o período de pandemia do coronavírus; democratização das produções artísticas, viabilizando acesso as Mostras Culturais, por meio da utilização do ambiente virtual; beneficiar o público com um produto de conteúdo relevante e efeito multiplicador, com potencial para ser utilizado em ações educativas, de capacitação e de pesquisa; preencher lacunas constatadas na área, visto que o isolamento social tem impossibilitado o acesso do público  à exposição e impedido o contato da artista com seu público.

 

Confeção de renda para uso nas vestimentas e enfeites nas casas também eram muito utilizados pelas famílias que viviam ao longo do Rio Madeira, lagos e igarapés 

As Mostras são destinadas a todo público, mas podem despertar  especial  interesse em estudantes, educadores, gestores culturais, ambientalistas, historiadores, artistas, jornalistas e pesquisadores do tema.

 

O acervo carrega consigo oportunidades de conhecimento e reflexão para a maioria das faixas etárias nos mais diversos contextos. “Os benefícios da realização do projeto para a população são de ordem cultural, social e lúdica, podendo ter impacto psicológico muito positivo durante este período de enfrentamento da pandemia”, destaca Luna Pini, coordenadora do projeto.

Rita Queiroz é considerada uma das artistas plásticas mais expressivas da Amazônia, não apenas pelas obras de arte, mas também por ser pioneira no movimento cultural desde a década de 70. Tendo participado  voluntariamente  de projetos sócio culturais pelos quais  conquistou grande empatia do público. Trata-se de uma artista de 84 anos, com inúmeras exposições no Brasil e no exterior e com  várias premiações, e que sempre promoveu a imagem positiva de Rondônia por onde passou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


RITA QUEIROZ PREPARA VÍDEO DOCUMENTÁRIO COMO MESTRA DA CULTURA POPULAR

 

RITA, A MESTRA DA CULTURA

Em um dos editais, o 081,  voltado para a arte popular, a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel) divulgou um chamamento para a primeira edição do Prêmio Mestre Aluízio Guedes, uma premiação para mestres e mestras da cultura popular de Rondônia, a fim de  atender os editais emergenciais da Lei Aldir Blanc. Baseada na sua vivência com a cultura e a arte popular, Rita Queiroz apresentou uma proposta que foi classificada e está produzindo um vídeo documentário  intitulado  Artista Plástica Rita Queiroz - A jornada da cabocla em Rondônia e um portfólio, como exige o projeto.

De acordo com o regulamento, este prêmio é dedicado à pessoa física que seja herdeira dos saberes da cultura popular, que detenha notório conhecimento, longa permanência na atividade, e que seja reconhecida por sua própria comunidade como referência na transmissão de saberes, celebrações ou formas de expressões da tradição popular em suas diversas categorias.


O saber não ocupa lugar,  Mestra Rita Queiroz  (Foto da galeria do site da artista)

Rita Queiroz faz jus ao prêmio porque é considerada por muitos como uma das mais importantes artistas plásticas do estado de Rondônia. Possui efetiva participação em inúmeros projetos socioculturais, e tem contribuído significativamente para a democratização dessas atividades em escolas, praças públicas, presídios e hospitais psiquiátricos. Em várias oportunidades trouxe para Rondônia profissionais de outros estados, impulsionando a disseminação do conhecimento e o intercâmbio cultural.

Com o apoio do Ministério da Cultura, seu último projeto foi a implantação de um Ponto de Cultura no Seringal Santa Catarina, às margens do Rio Madeira, que atendeu moradores da região. E, com o objetivo de beneficiar a comunidade ribeirinha, promoveu inúmeras atividades  com foco na inserção social e sustentabilidade.

No decorrer de sua carreira realizou inúmeras exposições no Brasil e no exterior sempre divulgando uma imagem positiva do Estado de Rondônia e a representatividade da Amazônia em suas obras. A maioria de suas iniciativas ocorreu com recursos próprios e sem fins lucrativos.

Além disso,  manteve ativa participação nos movimentos culturais do Estado nas últimas décadas, o que a habilita a receber o título de  Mestra. Com seu trabalho de  produção artística, tendo como tema principal a Amazônia e os ribeirinhos, ensinou a muitos sobre o resgate e a preservação da história da região.

A empatia de Rita com a população mais carente  fez dela uma pessoa querida e admirada não apenas no meio artístico, mas pela mídia, por políticos, escritores, professores, jornalistas, bem como pela comunidade em geral. Rita Queiroz, ao difundir seus projetos socioculturais, vem contribuindo muito para a formação social, cognitiva e produtiva do Estado de Rondônia.

 

Aluízio Guedes

Aluízio Batista Guedes, que dá nome ao prêmio, é reconhecido como menestrel da cultura popular. Atuante e grande defensor do folclore e em especial, da brincadeira de boi-bumbá em Porto Velho. Atuou como Amo Mor do Boi Diamante Negro, compositor, professor, folclorista, além de fundador de grupos folclóricos. Também era  radialista e músico cultural. Ocupou a cadeira de presidente interino da Federação de Quadrilhas de Rondônia.