quarta-feira, 30 de junho de 2010

CARLOS PRESTES EM PORTO VELHO


Há alguns dias, remexendo alguns guardados eis que encontro fotos históricas e emocionantes, entre elas, a que está postada nesta página, quando Carlos Prestes esteve nesta capital e como repórter do glorioso Alto Madeira tive o privilégio de junto com meu amigo, o fotógrafo J.Gomes, cearense de nascimento e rondoniense por devoção, entrevistá-lo e por que não fazer um tietagem, para uma foto?
No mesmo barco estavam Lenilson Guedes, que continua a militar na imprensa e a memória, que já não é tão justa, não me permite lembrar o nome dos dois outros colegas.
Se alguém souber pode postar que vou corrigir.
Quando foi isso? Acho que em 1986. No mesmo ano que aqui cheguei.
O local da foto era a antiga sala vip do então Aeroporto Belmont.
Eta nós!! Como o tempo passa.

DE OLHO NO CALENDÁRIO ELEITORAL

Proibições impostas aos meios de comunicação
A partir de 1º de julho não será mais permitido às emissoras de rádio e de televisão, em programação normal e em noticiário:
A) Transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalísitica, imagens de realização de pesquisa ou de qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;
B) Usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo, que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação, ou produzir ou veicular program com esse efeito;
C) Exibir propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido político, coligação, a seus órgãos ou representantes;
D) Dar tratamento privilegiado a candidato, partido político ou coligação;
E) Veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;
F) Divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando peexistente, inclusive se coincidente com o nome de candidato ou com a variação nominal por ele adotada.

EM DIA COM CALENDÁRIO ELEITORAL

Hoje (30.6)é o último dia para realização das convenções que vão deliberar sobre as coligações e escolher candidatos a presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, estadual e distrital.
A Frente Progressista faz sua convenção, a partir das 14 horas na Quéops, lá na av. Mamoré, Zona Leste, bairro Três Marias.
No comando do PPS, que é integrante da coligação com mais cinco partidos, está Benedito Orlando de Oliveira

quarta-feira, 16 de junho de 2010

APOSENTADORIA: PRINCÍPIO DA INATIVIDADE?


“O que você vai ser quando crescer? Quem nunca foi questionado a respeito?
Nem todos alcançam a meta traçada na infância ou na adolescência. O sonho da primeira profissão, já que geralmente a pergunta visa uma resposta profissional, pode acontecer ou não, mas pensar no que fazer ao terminar a vida laboral é inevitável.

No dia 17 de junho celebra-se o dia do Servidor Público Aposentado. Há poucos dias vetos foram aplicados a Lei que regulamentou a transposição dos servidores de Rondônia para o quadro federal, sob a alegação de que servidor público aposentado não pode ser mais considerado servidor.

Ouvimos alguns servidores que estão na ativa e aguardam o tempo para a aposentadoria. A quem espere cumprir o tempo de serviço ou melhor de contribuição, para ficar em casa de pernas para o ar, cuidar dos netos, cultivar flores e hortaliças, ser mais atuante em atividades voluntárias, trabalhar na iniciativa privada. Mas há quem queira cumprir todo o tempo, trabalhar até os 70 anos.
Cada um tem o seu jeito para esperar a aposentadoria. "Nós desesejamos que não só nesta data, mas todos os dias, os 3.500 aposentados do IPERON possam continuar realizando os seus sonhos", são os votos do presidente do Instituto Benedito Orlando de Oliveira (foto), que também é servidor público.



Anunciação Valente tem 54 anos. “Quero ficar na ativa até os 70 e continuar com o meu artesanato, apesar da proibição médica”, diz. Carmelita Amorim nas horas vagas trabalha com banquetes. Tem 58 anos, 30 de contribuição. “Estou numa ótima fase da minha vida como servidora e quero continuar assim por um longo tempo”, para ela, falar em aposentadoria é com o lembrar o fim da vida.

SOLIDARIEDADE




Lídia Jeanne Ferreira tem só 44 nos, mas já está no serviço público há 27. Se fosse mais velha poderia aposentar-se em pouco tempo, mas quer ficar até os 70. “Como ainda vai demorar já ocupo parte do tempo com um projeto de evangelização e pretendo me aperfeiçoar. Aos 70 anos quero continuar a ter forças para ajudar aos necessitados, onde quer que eles estejam, seja nos lixões, nos presídios ou hospitais”.
De cada caso ela procura tirar uma lição. Lídia atende diariamente no mínimo dez pessoas entre aposentados e pré-aposentados que buscam informações no IPERON.

LUDMILA QUER NOVA CARREIRA


Ludmila Chaves Moreira tem 53, é técnica de previdenciária e tem 25 anos de contribuição. A aposentadoria está sendo esperada para os próximos cinco anos. “Quero trabalhar na iniciativa privada continuar tendo uma remuneração extra para ter uma vida de mais qualidade”.

VOU CONTI NUAR SALVANDO VIDAS


Noel Bispo dos Santos é médico, chegou em Rondônia no início da década de 70. Pretende deixar o serviço público em dois anos, quando será aposentado compulsoriamente. Mas continuará prestando serviços à cooperativa médica da qual é associado. Bispo tem uma definição para os mais velhos, é a sociedade de cabelos brancos, formada por homens e mulheres que precisam ser mais respeitados. “Somos o exemplo para os que estão chegando agora, mas nem sempre há o respeito necessário”, destaca.

CÂNDIDA QUER TRANQUILIDADE


Maria Cândida da Silva, 53 anos de idade e há 26 no serviço público. Espera encerrar o compromisso com a atividade laborial em quatro anos. Seu projeto: curtir o tempo livre e gozar do beneficio conquistado pelo tempo dedicado ao serviço público. Nada mais justo.

WILSON SÓ QUERO COMPULSÓRIA


Wilson Cordova tem 67 anos. É servidor público federal, trabalha desde os 15 anos. Quero chegar aos 70 anos para usufruir da aposentadoria compulsória. Seu projeto: dedicar-se aos netos. Sentimento: o do dever cumprido.

TEREZINHA E AS HORTALIÇAS

Terezinha Jorge da Silva Tavares está com 53 anos, começou a contribuir para a previdência um pouco tarde, já aos 30, mas trabalha desde a adolescência. Em seus cálculos, pensa que poderá se aposentar em sete anos, quando terá 60. E não nega que deseja ver esse dia chegar depressa. “Quero me dedicar mais a família”. A servidora, que tem um filho que precisa de tratamento especial, diz que já tem uma chácara e não vê a hora de plantar hortaliças para atender a família e também para vender. Para ela, aposentadoria não é sinônimo de conformismo, mas o momento de fazer coisas que sonhou a vida inteira, mas que não pôde fazer.

VILMA: PLANTANDO FLORES


Vilma da Silva é contadora e apesar de ter apenas 48 anos deseja muito a chegada da aposentadoria. “Acho que vou fazer parte do grupo de pessoas que faz da aposentadoria o tempo mais ativo de sua vida”. Há cinco anos Vilma está atuando em um mercado promissor da região norte, o de flores. Hoje ela se divide entre as atividades na repartição e na chácara onde cuida do cultivo e das negociações. Segundo ela, é possível conciliar, já que o horário da manhã é totalmente voltado para o órgão púbico e a tarde fica para as flores.

RUBI TARGINO


Rubi Targino, 65 anos, auditor de profissão, não conta os dias, mas admite que quer muito aposentar-se para dedicar-se mais as duas pastorais nas quais atua em sua comunidade de São José Operário. “Temos a pastoral do Idoso e a da Família, ambas de grande importância para a comunidade e para nós”, destaca. Para ele, o mtrabalho voluntário é muito gratificante. “Ajudamos as famílias, especialmente as que têm problemas e quanto aos idosos, todas as informações que levamos a eles são sempre muito bem aceitas”. Essa atividade já dura quatro anos e se depender dele, será executada enquanto tiver forças.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

MENINA LAVADEIRA


Nossa prodigiosa artista plástica Rita Queiroz está totalmente envolvida com seu projeto no Biradão (região do Seringal de Santa Catarina) no baixo Madeira.
Ensinar hoje é um dos verbos mais presente na vida da artista. Ela quer que muitas pessoas, especialmente crianças e adolescentes conheçam os mistérios das artes plásticas, para quem sabe, em um futuro próximo se descobrirem ou serem descobertos como grandes talentos.
Como ninguém, nossa Cabocla mor conhece as dificuldades de se galgar a carreira artística. Muitas vezes, não basta ter apenas talento. É preciso mais que isso.
E para apaziguar a saudade ai está um dos seus belos trabalhos, produzidos lá pelos anos 90. A menina lavadeira, um retrato real das memórias de nossa artista.

terça-feira, 1 de junho de 2010

É LÓGICO E PRUDENTE ESPERAR UM GRANDE AMOR?


A revista Annuário das Senhoras em sua edição de 1934, apresenta vários artigos destinados às mulheres daquela época. Isabel Clark escreveu sobre a prudência de se esperar um grande amor, ora transcrito. Seu título original: É lógico e prudente esperar um grande amor?
“Toda mulher espera casar por amor. Apenas chega à juventude, a visão do homem ideal ocupa-lhe um lugar na alma. Nem por um momento duvida de que o encontrará. Às vezes tal fato sucede rapidamente. Se também ele a ama, casam. Se não é correspondida, a jovem encontra-se diante de um conflito.
Mas não é dele que me proponho a falar neste artigo. Porque, havendo encontrado o grande amor para perdê-lo, o problema será verificar se poderá ou não conformar-se com outro menos intenso. Geralmente assim acontece. Muitas, porém, são incapazes de suportar uma repulsa, embora inconscientes.
Mas que fará a mulher que chega aos 26 ou 27 anos sem encontrar o m homem ideal?
Continuará a espera dele? A resposta depende do temperamento de cada uma, e, em menor proporção das circunstâncias.
Suponhamos que se trate de uma dessas meninas em boa situação financeira, o que lhe permite desfrutar a vida e divertir-se enquanto vivam os pais. Suponhamos que tenha desanimado muitos homens que a pediram em casamento, só porque não constituíam o “tipo ideal”. Casaram eles com outras – parecem felizes – enquanto ela continua a esperar. Apresentando-se outro homem que não está mais perto de seu ideal que os anteriores ...
A mulher normal não é muito exigente. Sabe viver com os demais e a maioria das pessoas entende-se bem com ela. Interessa-se pelos assuntos femininos. Deseja possuir um lar. Em uma palavra: deveria casar, com o que não quero dizer que tenha de casar, por força, com qualquer um”.
Nenhuma mulher pode ser feliz com um homem com o qual não combine. Mas, se o estima, se sente que lhe faria falta deixar de vê-lo, se é feliz com a sua amizade, se compreende que ele dará a mulher que eleja uma vida serena e honrosa, pode casar sem temor. Do contrário é muito provável que aos 40 ou 50 anos se arrependa de haver esperado em vão ao ver outras mulheres felizes com os homens que ela mesma desprezou.
Mas há outros casos. Aqueles em que não se trata do tipo comum de mulher, ou por temperamento , ou pelas circunstâncias. Possuidora de força de vontade e de inteligência robusta, não sendo fácil de se moldar, agrada a muitos, faz amizade lentamente. Quando repele os homens que a desejam não é porque os compare com um ideal imaginário, mas porque embora se agrade de certas qualidades, desagradam-lhe outras. Tal mulher não deve casar por ouvir elogios ao matrimônio. Só por vontade própria, por escolha própria.
Não sendo ela pior nem melhor que a do primeiro tipo, é diferente e, como tal, seu procedimento, em qualquer circunstância, será diferente também. O que a outras basta, para ela seria insuficiente, por conseguinte será preferível que continue solteira a casar para logo perceber que escolhera um homem com quem jamais se entenderá.”
(Isabel Clark)