terça-feira, 11 de janeiro de 2011




VERME?!?!?!


A inversão de valores é uma coisa incrível. Uma colega servidora, que há dez anos está atuando junto ao sistema penitenciário relatou-me a realidade do dia a dia de uma prisão.
Minha colega não tem acesso direto aos presos, ou quando acontece de chegar um pouco mais perto está sempre escoltada. Ainda assim, na rua ela tem sido reconhecida por ex-presidiários, que a chamam de professorinha, uma alusão a distribuição dos livros, especialmente de alta ajuda, para entreterimento dos encarcerados.
Se de certa forma ela tem o respeito dos presos, com o público externo nem sempre isso acontece. Neste caso, ela destaca que de modo especial os parentes dos presidiários, em geral, são os que mais ofendem.
Ela contou que nas vezes em que esteve identificada pela camiseta, comum aos que trabalham no sistema prisional foi chamada de verme pela população.
“Não pense que é um privilégio meu, mas todos agentes e policiais que se identificam são tratados assim por muitas pessoas, especialmente nos bairros”, conta.
Com todo respeito aos direitos humanos, constantemente invocados por presidiários que se acham seres acima da lei, percebemos ai uma inversão de valores. Os agentes da lei e da ordem pública é que passam a ser a praga daninha da lavoura.
Qual o sentido da palavra verme: pessoa desprezível, infame. Sem contar que verme agente extermina, através de medicamentos, sem dó e sem piedade, porque a sua presença causa danos à saúde.
E ai?

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