terça-feira, 12 de abril de 2011

BRASIL FORMA MENOS ENGENHEIROS DO QUE PRECISA


Antigamente era assim, pedreiro, daqueles bons mesmo, costumava chamar engenheiro de João de Barro, referindo-se ao pássaro, mas quem dera que tivéssemos maior quantidade Joãos de Barros do que de bacharéis em Direito, por exemplo. É claro que não tenho nada contra os futuros operadores de Direito, mas parece uma epidemia. Dizem que a causa de procura por esta carreira são as inúmeras possibilidades de empregos públicos. Bom, deixa quieto.
Mas voltando à Engenharia, o país apresenta um déficit de profissionais na área, e, ao que tudo indica, mesmo nos grandes centros urbanos.
Sabemos que a engenharia não se limita a construção civil, vai mais além, mas o caso referido na pesquisa mencionada neste texto, parece que se baseia principalmente nesse ramo. Pelo menos é o reflexo nas grandes obras, como pontes, viadutos, etc. Uma hora não concluem a obra por falta de profissionais, outra, alegam defasagem de preços, isso porque as grandes obras são, de modo geral, contratadas pelo governo.
Aqui em Porto Velho temos o exemplo do viaduto da BR 364 (foto). A obra está paralisada há algum tempo. Dizem que os construtores reclamam o baixo valor contratado e que a Prefeitura terá que promover um realinhamento de preços. Enquanto isso, o pouco que ficou pronto está exposto ao sol e chuva e sabe Deus se não sofrerá algum tipo de corrosão, comprometendo a estrutura para o futuro.E cerca de 40 milhões de reais foram gastos ali. Está prevista uma nova licitação. Como diz meu amigo "JC", quem viver verá!

Segundo pesquisas, as áreas preferidas de formação dos estudantes brasileiros no ensino superior são ciências sociais, negócios, direito e serviços (37,1%); humanidades, artes e educação (29,3%). É o que mostra levantamento feito pelo especialista em análise de dados educacionais, Ernesto Faria, do portal Estudando Educação, a partir de relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os números apontam que o Brasil forma quase três vezes menos engenheiros do que os países desenvolvidos que fazem parte do grupo.
O estudo reuniu dados sobre 36 países. Entre todos eles, o Brasil tem o menor percentual de formandos em engenharia, indústria e construção: 4,6% do total, enquanto entre os países da OCDE a média é de 12%. Na Coréia do Sul e no Japão, por exemplo, os formandos nessas áreas respondem por 23,2% e 19% do total, respectivamente. O outro país latino-americano incluído na pesquisa, o Chile, tem 13,7% de titulados nessa área do total de concluintes.
www.albertomarques.blogspot.com

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