segunda-feira, 22 de junho de 2015

O PRANTO DA CASTANHEIRA

Castanheiras nativas no bairro Planalto II, em Porto Velho
Hoje conheci  três castanheiras que estão fincadas a uns cinco mil metros de casa. Foi o mais próximo que já vi, a outra que conheço aqui na cidade é a do bairro Castanheira, em frente ao Estádio de Futebol Aluizio  Ferreira. Infelizmente as três estão com os dias contados.
As magnificas árvores estão numa área denominada de Planalto II, “loteamento” próximo a avenida Calama,  seguindo viagem depois do 4 de Janeiro.
As árvores, como já disse, estão com os dias contados. Moradores estão movendo céu e terra para derrubá-las. De modo geral, já virou resposta pronta, eles alegam que as castanheiras são perigosas para os moradores,  porque na época que estiverem carregadas de frutos, os ouriços podem cair sobre as pessoas, sobre as casas ou alegam que por ocasião dos vendavais elas se dobram tanto, que podem desabar sobre algumas moradias. Dizem ainda que elas, ou pelo menos uma,  está no meio da rua.
Pessoalmente acho a castanheira uma das árvores mais lindas da natureza e penso ser um crime derrubá-las, mesmo com autorização legal, as pessoas dizem que vão plantar outras mudas, só não se sabe onde,  nem quando e muito menos se as mesmas vão sobreviver e chegar ao patamar das que estão para ser derrubadas.
Os últimos dias de uma árvore centenária
Tenho algumas considerações a fazer, esclareço que não sou ambientalista de carteirinha, minha linha é da racionalidade e da prática,  mas vamos lá.... Sabemos que a cidade precisa crescer  e que muitas pessoas precisam de moradias. Mas por que não se abriu ruas na localidade dando chances de vida às castanheiras? Houvesse um planejamento, creio que as áreas onde estão as três árvores poderiam ser isoladas, mantendo-se uma distancia segura das moradias. Agora não, a pessoa constrói embaixo da árvore, rasga uma rua onde a planta está há centenas de anos e depois alega que a árvore é perigosa. Faça-me o favor ....
Toda a área foi desmatada, o solo perfurado para se construir as bases das casas, além dos poços e fossas que foram cavados em toda a região, desprotegida em seu habitat natural, é claro que a árvore com uma quantidade enorme de metros de altura se  movimente ameaçadoramente mediante uma ventania mais forte. Abaram com o equilíbrio natural.
Nos próximos dias será a hora do adeus a grande castanheira e as companheiras menores. Hoje, sabe-se dessas três representantes da espécie que foram mantidas, mas sabe Deus quantas não foram covardemente derrubadas para que o loteamento fosse iniciado. Pior é que se sabe há outros Planaltos sendo criados e outras castanheiras sendo destruídas.  Ficam aqui meu lamento e minha  indignação.





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