segunda-feira, 20 de junho de 2011

O PPA DO CONFÚCIO É NOSSO TAMBÉM

Audiência do PPA em Porto Velho

O povo hebreu estava vivendo no Egito há m ais de 400 anos. A nação formada inicialmente por 70 pessoas foi habitar em Gósen e no princípio dispunha de todos os privilégios, porque afinal, seu líder era o segundo homem mais poderoso daquela terra, estava pobre, escravizada, vivendo na penúria. Trabalhava-se muito, mas retinha nada, porque tudo era para enriquecer ainda mais o reino dos faraós.
Cansados, esgotados eles se lembram de Deus e recorrem a ele. Clamam e o socorro vem.
Nós, a maioria dos povos da terra, também estamos assim. Cansados de sermos maltratados, de vermos nossos direitos desrespeitados, etc, etc.
Todavia, pela primeira vez alguém se sensibilizou e resolveu nos perguntar:
- O que vocês querem que seja feito para aliviar a pressão?
- Nós queremos tudo.
- Tudo não dá, só pode ser um pouco de cada vez.
Tudo bem, se é assim nós vamos ver quais são as nossas urgências, os nossos situações mais graves e confiar, para quem sabe alcançarmos uma solução satisfatória.
Esta é mais ou menos a estória do PPA, o Plano Plurianual Participativo que o governo do Estado de Rondônia está tentando implementar. A primeira fase já foi, ou seja, nós pudemos ser ouvidos.
No Egito o povo hebreu teve que passar por maus pedaços para conseguir a tão sonhada libertação. A diferença é que o libertador deles era e é Senhor dos céus e da terra. E nós, que temos apenas um governante, diga-se de passagem, cheio de limitações políticas e orçamentárias, e algumas cabeças com esta boa vontade. Como será o atendimento das reivindicações que apresentamos?
Aquelas 70 pessoas se multiplicaram e se tornaram mais de dois milhões. Nós não chegamos a tanto, mas nossos problemas são saúde, educação etc.
No início dos aos 80 Porto Velho alcançou a meta dos dois por cento de esgotamento sanitário. Decorridos mais de 30 anos e com a população bem mais expressiva, este índice tornou-se insignificante e equivale a zero.
A resposta para esta situação está nos hospitais e postos de saúde. Um povo doente. Não é necessário ser especialista para saber que nosso lençol freático está totalmente contaminado pelos resíduos das fossas sépticas. Elas estão presentes em todos os lugares, seja na frente ou nos fundos das casas, nos lados e às vezes até nas calçadas.
Os artistas quem espaços e recursos para executarem sua arte. Os educadores querem melhores salários. Os ambientalistas exigem respeito às florestas e ao meio ambiente. Os idosos, as crianças e adolescentes, os jovens, os povos indígenas, os agricultores, os delegados, os policiais militares, os médicos, enfim todos querem alguma coisa e na verdade todos têm direito de querer e de exigir melhores condições. Penso que difícil vai ser satisfazer a todos. Vocês se lembram do nosso paralelo. Quando o povo estava no deserto, livre da escravidão, mas em determinado momento faltou determinada iguaria à mesa, alguém gritou lá do fundo, “Moisés seu louco, por que você não deixou agente morrer no Egito? Lá éramos escravos, mas pelo menos tínhamos o que comer.
E agora dr. Confúcio? O que vai ser? Por onde o Senhor vai começar? São muitas as petições. Inclusive a minha.
De uma coisa estou convencida. É preciso que dê certo e se isso acontecer Rondônia vai ter duas vertentes, a saber: antes do PPA Participativo e depois dele. E ai dos governantes que vierem após o PPA e não ouvirem da população onde é que dói mais.
Já pagamos. Agora é esperar para ver.

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