Depois de passar 12 anos no Rio de Janeiro, a artista plástica Maria Antônia retorna à terra com novos trabalhos.
A composição de cores que ela usa
é alegre, pra cima e passa a ideia de uma pessoa feliz. Assim são os trabalhos
de Maria Antônia, uma artista plástica que descobriu o amor pela pintura depois
de uma vida toda entregue ao Magistério. Neste final de semana ela recebeu em
casa amigos antigos, novos e outros que ainda nem eram amigos para um Café com
Arte, um evento criado por ela mesma para mostrar ao público o seu trabalho.
Antônia partiu para uma nova
profissão aos 52 anos, quando encerrou suas atividades como professora de
Ciências. Nos 35 anos de sala de aula, passou por praticamente todas as escolas
de Porto Velho, ao aposentar-se fazia parte do quadro de professores da Escola
John Kennedy, na rua Salgado Filho. Decidiu passar uma temporada em São Paulo,
em companhia dos filhos que lá estudavam e ao perceber o burburinho da cultura
paulistana lembrou-se de sua habilidade em desenhar, mas não acreditou que
pudesse retomar aos lápis e papeis. O incentivo da filha Márcia, que já ensaiava
os primeiros passos nas Artes Plásticas foi fundamental.
Maria Antônia conta que muito
apreensiva foi fazer um curso com um artista contratado pelo Metrô em 1991 ,na
Estação Marechal Deodoro. “Milhares de pessoas passavam por ali todos os dias e tínhamos que fazer nossas
atividades do curso a vista de todos”.
Segundo ela, o professor Gontran Guanaes Netto dizia a todos que era importante
estarem na presença de tantas pessoas, pois seria bom para o desenvolvimento
futuro. Ali, em pleno espaço público foi a primeira escola de artes de Antônia
e de tantos outros, era o atelier do povo brasileiro. O resultado foi que ela gostou e a partir dai
passou a prática de uma nova profissão.
Ela conta que durante o curso
acompanhou alguns artistas por pelo menos três exposições na grande São Paulo.
Depois retornou a Porto Velho, onde teve oportunidade de participar de algumas
mostras coletivas e na primeira exposição individual marcada para acontecer na
Casa de Cultura Ivan Marrocos teve que ceder o espaço para um artista chileno.
Agora 12 anos mais tarde, depois de ter morado no Rio de Janeiro, onde o espaço
para o artista é mais difícil do que se imagina e de uma exposição individual no Congresso
Nacional, eis que mais uma vez Maria Antônia chega a terrinha com novas metas:
“criar sempre, pois isso me faz muito bem e apresentar meu trabalho para as
pessoas”. Além disso, ela quer mostrar que há muito que se
fazer no pós aposentadoria.
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