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quarta-feira, 28 de julho de 2021
ARTISTA DE GUAJARÁ-MIRIM EXPÕE CRÍTICAS NA IVAN MARROCOS
sexta-feira, 28 de maio de 2021
COVID 19 DEIXA MAIS UM VAZIO ENTRE NÓS COM A PARTIDA PREMATURA DO UENDEL
quarta-feira, 19 de maio de 2021
EXPOSIÇÃO TRAZ PARA O PÚBLICO OS TRAÇOS DE GLEYCIANE PRATA
terça-feira, 11 de maio de 2021
GLEYCIANE PRATA MOSTRA SUA OBRA A PARTIR DE SEGUNDA NA AFONSO LIGÓRIO
segunda-feira, 29 de março de 2021
RITA QUEIROZ APRESENTA MOSTRAS DE ARTE
Os vídeos foram lançados nos dia 26, 27 e 28 de março e estão nas redes sociais da artista
Rita acompanhando a exibição da mostra por vídeo |
Se você ainda não viu as Mostras Culturais da artista plástica Rita
Queiroz exibidas neste final de semana corre lá no canal da artista no you tube
e dá uma olhadinha. Uma maravilha conhecer a Exposição Andando pelas Picadas –
Coleção Descamação Celular em exposição permanente no Museu da Memória Rondoniense
em Porto Velho.
Ao todo são três vídeos que vão deixar você íntimo do trabalho da
artista, que produziu as obras a partir
de 2009. A coleção já esteve em exibição na Galeria Afonso Ligório em Porto
Velho, em Goiânia, Anapólis e desde 2016 está de volta a capital rondoniense,
só que agora em exposição permanente, doada ao governo de Rondônia, e abrigada
sob os cuidados do Museu da Memória Rondoniense. São instalações com
personagens que contam sobre histórias e folclore da vida ribeirinha, vividas a
partir da infância da artista. Telas e painéis pintados em tecidos e materiais
adaptados e que eram de uso pessoal da própria Rita. Fotos, diplomas, medalhas
e outras honrarias também fazem parte da coleção.
Lei Aldir Blanc
Levar a arte até a casa das pessoas é resultado de projetos desenvolvidos pelo governo federal e
aplicados pela administração estadual, no caso de Rondônia a Sejucel, que
possibilitou aos artistas neste tempo de pandemia manter ou despertar o
interesse do público pela cultura, em especial a arte desenvolvida pelos
produtores locais. Os projetos nascidos sob a Lei Aldir Blanc, são na verdade
uma forma de fomentar a cultura e socorrer artistas de todo o país.
As Mostras Culturais, segundo Rita, é
um dos trabalhos mais bonitos que ela viu nos últimos tempos, não porque
retrata o seu próprio trabalho, mas pela maneira da apresentação, a qualidade
dos vídeos e tudo mais. “Tudo foi feito com muito amor e zelo”, destaca.
“Interessante”, salienta ela, “que a princípio nem queria participar, fiquei um
pouco apreensiva, mas incentivada pela minha família apresentei os projetos e
todos foram aprovados”. Ao todo Rita
Queiroz obteve aprovação para quatro editais – o da Mostra Virtual, que rendeu
três vídeos; o de Mestra da Cultura Popular; o do livro e o edital Mary Cyanne,
estes três em fase de conclusão.
Desafios
Segundo a artista, o maior desafio foi executar os projetos e ao mesmo
tempo manter-se em isolamento. Já com 84 anos, ela não poderia por em risco a própria
segurança e de outros. “Primeiro formamos uma equipe em família, planejamos
tudo, colocamos no papel e partimos para a execução. Leitura do material
disponível no site, publicações no facebook, anotações antigas, arquivos
pessoais, telefonemas para alguns amigos e assim estamos caminhando para a reta
final.” Para Rita de muitas formas foi diferente fazer este trabalho, “sempre
tive o apoio de minhas filhas, em especial na área financeira, mas agora elas
penetraram no meu trabalho pra valer”.
“A iniciativa dos governos em trazer estes projetos para a classe
artística foi muito boa, porque estamos vivendo em um mundo de consternação,
tristeza e mortes de pessoas que conhecemos e esse trabalho veio para amenizar
um pouco a dor e o sofrimento”, acentua.
Com os cabelos embranquecidos, sem maquiagem Rita Queiroz conta que tem
aprendido muito nos últimos meses. “Não sei como será meu próximo trabalho, só
sei que será diferente, porque com tudo que tenho vivido, não há como não
mudar. Há pouco mais de um ano eu me arrumava, pintava o cabelo, me preocupava
com muitas coisas e ainda até me preocupo, mas a cada dia entendo mais que o
corpo da gente é como uma roupa que um dia fica velha e é jogada fora, só que
neste caso é uma roupa única que veste nosso espírito, nossa alma e que a gente
vai cuidando ao longo dos anos, é como um espelho da vida que cada um trás
dentro de si”.
segunda-feira, 8 de março de 2021
NICO, A HORA DO NOSSO ADEUS
Antônio de Freitas Tavares Neto, o zero-um de Jorge Anceto Thomaz e Anna Tavares Thomaz, agora livre da dor e do sofrimento da vida terrena.
Ontem, dia 07 de março de 2021 por volta das 15h30 recebi a notícia da morte do meu irmão mais velho, Antônio de Freitas Tavares Neto, ou simplesmente Nico para os de casa. Meu irmão estava com 72 anos, completados em 30 de novembro passado, sempre que pensava na idade dele, quase não acreditava que eu tinha um irmão com mais de 70 anos. Sinal de que o tempo também está passando para mim.
Desde então ando inquieta, e
creio que o que vai me tranquilizar será esta pequena e despretensiosa crônica.
Comentar sobre o luto alheio é uma coisa, mas quando ele está na sua própria
família é outra história. Mil lembranças vêm à mente. Memórias da infância,
adolescência e juventude. Um turbilhão
de coisas sobe ao coração. Lembro-me do início namoro dele com a minha cunhada
há 50 anos. A apresentação dela à família. O início da construção de uma casa
que nunca foi concluída para a moradia do casal. Aliás, só foi feito o alicerce,
um alicerce forte que possivelmente resista até os dias de hoje.
Antônio e Idelci |
Meu irmão tinha acabado de
concluir o curso de pedreiro, que ele fez depois de uma forçação de barra da
nossa mãe. Ele trabalhava como cobrador de ônibus da empresa União. Foi fazendo
uma das linhas da empresa que conheceu a
Idelci, sua esposa. Minha mãe entendia que ele não poderia permanecer como trocador de ônibus era assim que se
falava naquele tempo, precisava de uma profissão mais estável. Ela, boa ouvinte
de rádio como era, ouviu sobre um curso de pedreiro, entre outros e se
encarregou de acompanhar meu irmão para se matricular. Foi uma boa escolha. Ele
concluiu o curso e com o passar dos anos
se tornou um exímio profissional, um artista na verdade. Gostava de trabalhar
sozinho. É bem verdade que demorava, mas quem o contratava dizia que valia a pena
esperar.
Em determinado período, acho que
cansado e desgastado com a profissão, virou camelô. Foi trabalhar em Madureira.
Ganhou um pouco mais, mas por fim voltou à atividade anterior. Há uns três anos fez sua última obra, uma reforma
na casa de outro dos nossos irmãos, contratada pouco antes do seu falecimento
em 2018.
Uma das muitas casas construídas por Antônio |
Quando solteiro, Nico gostava de bicicleta e de rádio. Sempre mantinha sua bike impecável e sempre cheia de acessórios, nada muito chamativo, mas que lhe dava um diferencial. Não lembro do tipo de música que gostava, mas lembro que tinha uma vareta presa no telhado, na parte interna, a casa não tinha forro, que era para aplicar o corretivo em mim e no caçula, mas acho que nunca foi usada, era mais um tratamento preventivo, quem corrigia mesmo era a dona Anna, nossa mãe. Curiosa, como sempre eu vivia bisbilhotando os armários dele e dos outros irmãos. Nunca achei nada demais, a não ser uma coleção de livros de orientação sexual para jovens. Parecia mais um livro de Ciências, como aqueles usados no antigo Ginásio.
Acho que eu tinha uns 11 anos
quando ele levou meu irmão mais novo no Jardim Zoológico, na Quinta da Boa
Vista. Ele não queria que eu fosse, mas me arrumei e fui seguindo eles dois.
Embarquei e desembarquei do trem e ele só falou comigo, como admitindo a minha
presença, quando já estávamos lá na Quinta da Boa Vista.
Mais um pedaço da nossa história
que se vai. Seu legado são seus dois filhos Luciano e Elizabeth que geraram
filhos e netos. Luciano tem sete filhos, parece
que fez um bom trabalho e quatro netos. Betinha tem três filhos e quatro
netos.
Sua morte não foi causada pelo
Covid-19, digamos que foi antecipada pela falta de atenção devida dos profissionais
da saúde pelos quais ele vinha passando desde o início de 2020. Depois de um
ano de vai e vem, na manhã do dia de sua morte foi anunciado o terrível diagnóstico:
seu Antônio tem metástase. Daí para o fim foi só questão de horas. Agora só nos
resta à saudade e a ausência de mais um membro na foto da família.
Em tempos de pandemia as famílias já não se despedem de seus ante queridos como antes, mas Antônio teve o privilégio de urna aberta e acompanhamento até o fechamento do túmulo. Também contou com a presença de familiares, não muitos, mas alguns estavam lá. Uma rápida cerimônia religiosa e a informação do responsável de que Antônio aceitara Jesus como Salvador já perto do fim, como o ladrão da cruz, que ouviu de Jesus a promessa de que estaria com ele no paraíso naquele mesmo dia. Agora estou tranquila.
Antônio e Anna, a alegria do filho mais velho |
sexta-feira, 5 de março de 2021
UM DIA DE ADEUS
Tributo a uma grande guerreira
Rose Brito |
Dizer que conhecia Rose Brito profundamente seria leviano de
minha parte, mas conhecia o suficiente para que ela me permitisse entrar em sua
casa, sentar à sua mesa, saborear sua comida e dar boas gargalhadas. Sim, Rose
era boa de conversa. Uma cearense daquelas que têm orgulho de dizer ao mundo
sobre suas origens.
E na culinária então? Rose era esplêndida. Preparava uma buchada
de bode como ninguém. Aliás, foi com ela que descobri a delicia dessa iguaria
nordestina. Nos aniversários dos filhos caprichava e inovava nos bolos. Era só
alegria. Professora, secretária de escola, mãe, esposa e amiga. Era pau pra
toda obra.
Mas Rose nos deixou nesta quinta-feira (04/03), aos 55 anos.
Para nós ela tinha uma vida inteira pela frente, quem sabe mais 55, porque sempre achamos que é cedo demais para partir.
Mas a vida nem sempre é assim. Ficamos sem a Rose, sem a sua alegria. Seus
filhos e marido ficaram sem uma coluna importante na vida deles, mas na vida é
assim mesmo: tudo passa.
Avessa às redes sociais ela gostava do whatsapp. Por ele
acompanhava a rotina dos filhos, o dia a dia do marido e recebia noticias do Nordeste. Também conversava com
amizades antigas resgatando o tempo perdido.
Com a simplicidade de sempre ela foi sepultada. A família
abriu mão do velório. Poucos amigos compareceram para o último adeus. Eu mesma
não estava lá. Não que ela não merecesse um grande cortejo, mas o momento em que
vivemos não nos permite, muito embora ela não tenha sido vítima da Covid-19.
Para Rose a nossa saudade. Hugo, Bia e Simão recebam o nosso carinho e
respeito.
quarta-feira, 3 de março de 2021
A DAMA DOS PINCEIS ADERE AO MUNDO DIGITAL
Além da sabedoria na cultura regional ela agora também é digital. Nossa artista número um da Amazônia parte para realização de lives e prepara livro para o próximo mês.
Do Seringal de Catarina, às márgens do grande Madeira, para as mídias sociais, esta é Rita Queiroz nossa beradeira mais famosa. |
Aos 84 anos, a artista plástica Rita Queiroz também está aderindo ao mundo digital. Não que ela estivesse fora dele, afinal pra quem tem um site com centenas de acessos, navega no facebook e interage com pessoas de todos os lugares e conversa com dezenas de outras no whatsapp ela está mais que digital. Só que agora obteve a classificação em projetos nos editais da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel)-Lei Aldir Blanc, a publicação de um livro e a realização de lives. Empolgada, Rita diz que apresentação das lives serão transmitidas ao vivo através de plataformas digitais ou streaming e canais de transmissão com vídeos gravados. O trabalho e a vida da artista são os pontos de partida para este novo empreendimento.
A primeira live
será sobre o Ponto de Cultura - Projeto Arte e Vida Rio Madeira
por Rita Queiroz. Apresentação do projeto realizado nas comunidades ribeirinhas
no baixo-Madeira pela artista plástica, contextualização com o cenário atual de
inserção das artes plásticas e valorização da cultura para essas comunidades,
suas características e importância na estruturação do território regional. A
artista receberá como convidada a arquiteta e urbanista Ana Rita Ribeiro de
Queiroz.
A
segunda live será sobre a Exposição Andando pelas Picadas-Coleção Descamação
Celular que está no Museu da Memória Rondoniense, em Porto Velho. “Vamos fazer
um passeio pela exposição”, explica Queiroz. Toda
coleção Descamação Celular e outros pertences da artista, em especial os
inerentes a sua vida profissional, foram
doados por ela para o Governo de Rondônia através da Lei nº 3964, o
acervo é composto por obras de arte, instalações, premiações, literatura de
parede, jornais, publicações e fotos que registram a trajetória da artista e o
cenário cultural de Rondônia nas últimas quatro décadas. O city-tour acontecerá
com narrações da artista, através de uma visita guiada. Ao final da
apresentação serão realizados comentários e debates acerca das dificuldades
enfrentadas em função da pandemia na inserção e valorização da cultura no
cenário urbano de Rondônia.
Nesta
terceira live será feita a apresentação
de um projeto urbanístico para exposição ao ar livre da Coleção Lendas da
Amazônia pela artista plástica e pela
arquiteta e urbanista Ana Rita. A live terá como objetivo a
apresentação de propostas para projeto de intervenção urbana na cidade de Porto
Velho, através de uma exposição ao ar livre em pontos de passagem do usuário na
cidade, com maquete eletrônica (visualização 3D). Debate em torno do cenário
pandêmico, trazendo alternativas para democratizar e dinamizar o acesso à
cultura. Quanto ao livro,
Andando pelas Picadas – Arte e Vida da Artista Plástica Rita Queiroz, tem o
lançamento previsto para abril. “Estamos trabalhando muito. São mais de 40 anos
de atuação e o livro não cabe tudo”, diz com entusiasmo.
MOSTRA DE ARTE OFERECE VISITAÇÃO VIRTUAL À COLEÇÃO DESCAMAÇÃO CELULAR DE RITA QUEIROZ
Mostra vai possibilitar o passeio virtual para que um grande público conheça a Exposição Andando pelas Picadas - Coleção Descamação Celular da artista plástica Rita Queiroz
A tecelagem era uma prática comum entre as mulheres beiradeiras |
Um ano da pandemia causada pela Covid-19, um ano sem visitação ao museu, mas quem não teve a oportunidade de conferir presencialmente a Exposição Andando pelas Picadas – Coleção Descamação Celular poderá fazê-lo virtualmente por meio do Projeto Mostras de Artes em um projeto de parceria da artista Rita Queiroz com a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), edital 80 – Lei Aldir Blanc. As obras da artista, doadas para o Estado, estão no Museu da Memória Rondoniense em exposição permanente desde 2016.
O acervo é
composto por telas, painéis, instalações,
premiações, literatura de parede, jornais, livros, revistas e fotos que
registram a trajetória da artista e o cenário cultural de Rondônia nas últimas
quatro décadas. A artista realizará visita guiada com explanação da concepção
da todas as obras e ações interativas com as instalações ao final de cada
Mostra. Durante os eventos ocorrerão entrevistas, visitação à vitrine de
premiações, divulgação de publicações que fazem parte do contexto da exposição,
relatos de experiência sobre projetos sócios culturais e apresentação do
Portfólio. Na sala de pesquisa haverá projeção do site da artista, com
instruções para navegação. Todas as exibições acontecerão em ambiente virtual.
Os objetivos são vários, entre eles o de contribuir
para o fomento de atividades no campo das artes visuais e da cultura durante o
período de pandemia do coronavírus; democratização das produções artísticas,
viabilizando acesso as Mostras Culturais, por meio da utilização do ambiente
virtual; beneficiar o público com um produto de conteúdo relevante e efeito
multiplicador, com potencial para ser utilizado em ações educativas, de
capacitação e de pesquisa; preencher lacunas constatadas na área, visto que o
isolamento social tem impossibilitado o acesso do público à exposição e impedido o contato da artista
com seu público.
Confeção de renda para uso nas vestimentas e enfeites nas casas também eram muito utilizados pelas famílias que viviam ao longo do Rio Madeira, lagos e igarapés
As Mostras são destinadas a todo público, mas podem despertar especial interesse em estudantes, educadores, gestores culturais, ambientalistas, historiadores, artistas, jornalistas e pesquisadores do tema.
O acervo carrega consigo oportunidades
de conhecimento e reflexão para a maioria das faixas etárias nos mais
diversos contextos. “Os benefícios da realização do projeto para a população
são de ordem cultural, social e lúdica, podendo ter impacto psicológico muito
positivo durante este período de enfrentamento da pandemia”, destaca Luna
Pini, coordenadora do projeto. |
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Rita Queiroz é considerada uma das
artistas plásticas mais expressivas da Amazônia, não apenas pelas obras de
arte, mas também por ser pioneira no movimento cultural desde a década de 70.
Tendo participado voluntariamente de projetos sócio culturais pelos quais conquistou grande empatia do público. Trata-se
de uma artista de 84 anos, com inúmeras exposições no Brasil e no exterior e com
várias premiações, e que sempre
promoveu a imagem positiva de Rondônia por onde passou. |
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RITA QUEIROZ PREPARA VÍDEO DOCUMENTÁRIO COMO MESTRA DA CULTURA POPULAR
RITA, A MESTRA DA CULTURA
Em um dos editais, o 081, voltado para a arte popular, a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel) divulgou um chamamento para a primeira edição do Prêmio Mestre Aluízio Guedes, uma premiação para mestres e mestras da cultura popular de Rondônia, a fim de atender os editais emergenciais da Lei Aldir Blanc. Baseada na sua vivência com a cultura e a arte popular, Rita Queiroz apresentou uma proposta que foi classificada e está produzindo um vídeo documentário intitulado Artista Plástica Rita Queiroz - A jornada da cabocla em Rondônia e um portfólio, como exige o projeto.
De acordo
com o regulamento, este prêmio é dedicado à pessoa física que seja herdeira dos
saberes da cultura popular, que detenha notório conhecimento, longa permanência
na atividade, e que seja reconhecida por sua própria comunidade como referência
na transmissão de saberes, celebrações ou formas de expressões da tradição
popular em suas diversas categorias.
Rita Queiroz faz jus ao prêmio porque é considerada por muitos como uma das mais importantes artistas plásticas do estado de Rondônia. Possui efetiva participação em inúmeros projetos socioculturais, e tem contribuído significativamente para a democratização dessas atividades em escolas, praças públicas, presídios e hospitais psiquiátricos. Em várias oportunidades trouxe para Rondônia profissionais de outros estados, impulsionando a disseminação do conhecimento e o intercâmbio cultural.
Com o apoio
do Ministério da Cultura, seu último projeto foi a implantação de um Ponto de
Cultura no Seringal Santa Catarina, às margens do Rio Madeira, que atendeu
moradores da região. E, com o objetivo de beneficiar a comunidade ribeirinha,
promoveu inúmeras atividades com foco na
inserção social e sustentabilidade.
No
decorrer de sua carreira realizou inúmeras exposições no Brasil e no exterior
sempre divulgando uma imagem positiva do Estado de Rondônia e a
representatividade da Amazônia em suas obras. A maioria de suas iniciativas
ocorreu com recursos próprios e sem fins lucrativos.
Além
disso, manteve ativa participação nos
movimentos culturais do Estado nas últimas décadas, o que a habilita a receber
o título de Mestra. Com seu trabalho de produção artística, tendo como tema principal
a Amazônia e os ribeirinhos, ensinou a muitos sobre o resgate e a preservação
da história da região.
A empatia de
Rita com a população mais carente fez dela
uma pessoa querida e admirada não apenas no meio artístico, mas pela mídia, por
políticos, escritores, professores, jornalistas, bem como pela comunidade em
geral. Rita Queiroz, ao difundir seus projetos socioculturais, vem contribuindo
muito para a formação social, cognitiva e produtiva do Estado de Rondônia.
Aluízio Guedes Aluízio Batista Guedes, que dá nome ao prêmio, é reconhecido como menestrel da cultura popular. Atuante e grande defensor do folclore e em especial, da brincadeira de boi-bumbá em Porto Velho. Atuou como Amo Mor do Boi Diamante Negro, compositor, professor, folclorista, além de fundador de grupos folclóricos. Também era radialista e músico cultural. Ocupou a cadeira de presidente interino da Federação de Quadrilhas de Rondônia.
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